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Encontrando a calma em nós

Eu não me lembro exatamente do dia que o macramê entrou na minha vida, mas eu lembro de como foi. Eu estava vendo algumas decorações de quarto de bebê no Instagram e de repente apareceu um arco-íris em macramê simplesmente adorável! Pensei logo: "Tenho que aprender a fazer isso, é muito lindo!"


Naquele dia, eu pesquisei vários vídeos e me deparei com o termo "macramê" pela primeira vez. Comprei algumas linhas, me arrisquei e aos poucos, os primeiros arco-íris começaram a surgir, tão adoráveis quanto os que eu tinha visto na foto do Instagram.


Mas, o que virou o jogo mesmo foi essa mensagem no dia 30/07/2020.

A imagem já sumiu, mas eu me lembro do conteúdo: uma cortina em macramê. Uma amiga entrou em contato perguntando se eu sabia fazer aquela peça, e eu respondi que não, inclusive indiquei a ela outro perfil que eu seguia à época que vendia uma peça como aquela.


O fato é que aquilo não saiu da minha cabeça e naquele dia o mundo do macramê surgiu pra mim. Depois de assistir a vários tutoriais e seguir inúmeros vídeos de passo a passo, eu consegui fazer o primeiro painel de macramê menos de 1 mês depois!


Pouco tempo após a mensagem da minha amiga, eu havia conseguido fazer um grande painel, de 1,50 m de comprimento além de 2 almofadas. É claro que escrevendo agora parece fácil, mas foram muitos nós feitos e desfeitos pra que eu realmente dominasse a arte do macramê!


UMA AGRADÁVEL SURPRESA


Durante o desafio inicial de entender a lógica de cada nó e repetir inúmeras vezes o mesmo movimento, eu descobri algo revelador sobre mim mesma: enquanto tecia as peças, por mais difíceis (ou quase impossíveis!) que elas pudessem parecer, naquele momento, em que eu fazia os meus nós, o meu nível de ansiedade abaixava significativamente, e eu me sentia tranquila, focada e feliz. Eu entrava em um nível de concentração que nunca consegui alcançar nem nas aulas de yoga e meditação que já tinha feito ao longo da minha vida adulta. É como se eu estivesse em um nível de foco tão profundo que não via as horas passar: as mãos, os braços e os nós fluíam numa energia singular, me possibilitando viver momentos de calmaria e bem-estar.


Os problemas desapareciam da mente, assim como as obrigações. A atenção era total em cada movimento: os nós simplesmente me permitiam organizar os meus pensamentos.

Fui aos poucos tomando gosto, fazendo mais peças, presenteando pessoas queridas e os pedidos começaram a chegar. Nessa época, eu já estava desanimada com o meu emprego anterior e apreensiva quando terminasse a licença maternidade, pois eu já não me enxergava mais como professora universitária apesar de amar ensinar. Enquanto isso, a Só um nó surgia aos poucos e ia crescendo - na rede social e no meu coração.


O fato é que a licença maternidade terminou, eu até voltei a trabalhar mas fui demitida no fim de 2020 devido à famosa crise que a pandemia nos deixou de legado. Apesar disso, não me sentia triste: pude me dedicar 100% então ao que seria a minha terapia diária no combate à ansiedade - e, para minha surpresa, o meu novo negócio!


VIVENDO O MACRAMÊ E DO MACRAMÊ


A minha peça de macramê número 100

O fato é que em 2021 o meu negócio cresceu bastante: vendi peças para o Brasil todo e também para o exterior; montei o meu próprio site; lancei as oficinas presenciais de macramê da Só um nó; abri um canal no Youtube; lancei minha própria linha de barbantes ecológicos e fiz o meu CNPJ. Virei oficialmente uma empreendedora! E por mais satisfatório que isso possa ser, é também assustador: para quem, como eu, passou toda a vida adulta trabalhando de carteira assinada, ser a dona da própria empresa é bastante desafiador.


E, claro, entre tantos tarefas, o que eu posso dizer é que o macramê continua me ajudando a acalmar os pensamentos. Alma ansiosa que sou, me perco facilmente nas mil obrigações do dia e manter o foco no momento presente ainda é um desafio. Muita gente acha que sou "zen" porque trabalho com arte têxtil: ah! Quem me dera! É justamente por isso que não só gosto e quero, como preciso fazer macramê todos os dias! Aliás, os dias em que não faço são diferentes: a ansiedade sempre aumenta um pouco mais e a mente fica mais agitada.


Como eu disse lá em cima: para mim é terapia. E também é prazer. E também é calma, é leveza, é aprendizado: como acalmar os pensamento, como encontrar soluções para os "quebra-cabeças da vida", como ter mais foco no que está acontecendo aqui e agora, como não me distrair tanto, como diminuir a ansiedade e dormir quando coloco a cabeça no travesseiro à noite ao invés de me debater com pensamentos de um futuro incerto que pode nem vir a acontecer!


Pois o macramê para mim é isso: leveza, beleza e aconchego! Tudo junto num universo de nós que se fazem e me fortalecem no meu objetivo de viver dias mais leves e ter a mente mais serena.

QUE TAL ENCONTRAR A CALMA EM NÓS?


Esse nome surgiu pela primeira vez em 2020, quando fiz um evento de lançamento das oficinas presenciais. Eu achei tão bonito, porque se confundia o "nós" que vem mesmo dos nós que temos que atar para fazer as peças de macramê com o "nós" primeira pessoa do plural. Todos nós estamos precisando de mais calma, não é?


Vivemos em um mundo hiperconectado em que ninguém mais suporta o desprazer e esperar é uma verdadeira tortura. Somo bombardeados com informações de todos os lados e estamos forçando os nossos cérebros a tomar tantas decisões ao longo do dia que ele está cada vez mais sobrecarregado.


Em 2020, a OMS fez uma pesquisa e constatou que o Brasil é o campeão mundial em transtornos de ansiedade. Àquela época, eram quase 19 milhões de brasileiros sofrendo com isso. E, nessa preocupante estatística, encontramos várias outras pesquisas que mostram como os trabalhos manuais, como o macramê, são capazes de reduzir o nosso nível de ansiedade e de estresse, como esse aqui.


Mais do que nunca, é preciso encontrar a "fluidez" de que falava Mihaly Csikszentmihalyi. Para isso, é preciso deixar o que está fora do lado de fora e aprender a olhar pra dentro, a se concentrar, a focar e deixar as distrações de lado. Isso pode ser alcançado de inúmeras formas, mas o que realmente funcionou pra mim foi o macramê: a natureza rítmica e repetitiva dos movimentos atribui à essa arte um efeito tanto terapêutico como meditativo. Incrível, não é?


E, quando descobri cientificamente [porque no meu coração, eu já sabia] todo o bem que decorre da arte de se atar os nós no nosso organismo, decidi que era hora de levar esse bem-estar para mais pessoas.



Tenho conversado com muita gente passando por transtornos de ansiedade, depressão, estresse, doenças raras, falta de foco e agitação mental. E, várias delas, assim como eu, tem conseguido encontrar a calma nos nós.


Unindo duas paixões - macramê e ensinar - o meu novo curso tem esse objetivo - usar uma arte milenar para diminuir a ansiedade e acalmar a mente. E o nome, não poderia ser outro - A Calma em nós. E hoje eu quero te convidar para conhecer essa nova proposta clicando nesse link. Vai lá conhecer um pouco mais e depois, se possível, volta aqui e me conta: você se identificou? Acha que está precisando viver com um pouco mais de calma também?


 
 
 

2 Comments


Andréia Janecek
Andréia Janecek
Feb 07, 2022

Que post mais lindo e inspirador! Muito sucesso, Chris querida!

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Chris Lacerda
Chris Lacerda
Feb 19, 2022
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Obrigada. Andréia! É sempre uma alegria poder compartilhar um pouquinho da minha história.

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Obrigada!

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